segunda-feira, 29 de junho de 2015

Heróis



1o escudo do Capitão América

2o escudo do Capitão América

3o escudo do Capitão América (também serve como bola)
Martelo do Thor

Capa do Thor


sexta-feira, 26 de junho de 2015

Estar, ser e aprender


Fazia tempo que eu não me sentia plenamente conectada com o filhote como hoje1. Talvez por conta do nascimento da nossa bebê, talvez porque seja fácil entrar no automático e deixar de estar junto mesmo estando todo tempo com ele, talvez por colocar minha atenção em outras coisas, ligadas à criação e educação des filhes e ao meu autoconhecimento, mas deixando de colocar minha atenção diretamente nele, enfim, por diversas razões há tempos não tínhamos a vivência que tivemos hoje.

Temos um quintal interessante, com tanque de areia, pula-pula, gramado, mesa e cadeiras baixinhas. Mas também há tempos não o usávamos por mil razões, entre elas chuva e muitos passeios e compromissos fora de casa.

Hoje Miguel me pediu para usar as tintas guache, que na verdade ele usa pra pintar o corpo, se estiver nu, ou a roupa E o corpo, se estiver vestido.

Como Eloísa dormia, fiquei um tempo pintando com ele. Logo ela acordou. Coloquei-a em uma cadeirinha e passei a rastelar o quintal.

Miguel, após pintar e se pintar mais um pouco passou a recolher galhos e enfiá-los nos formigueiros. Como Eloísa me solicitou e tive que pegá-la e amamentá-la, ele se queixou. Queria que eu continuasse meu trabalho de varreção do quintal. Que curioso. Na hora percebi que enquanto eu varria isso nos mantinha conectados, cada um com seu trabalho.

Enquanto eu amamentava ele passou a chutar a bola pro gol. “Gol de calcanhar!” gritava. “Gol de cotovelo! Mãe, onde é o cotovelo?” Mostrei. “Gol de tornozelo! Mãe, onde é o tornozelo?” Mostrei. “Mãe, como chama a parte de baixo do pé?” “Sola do pé.” “Gol de sola do pé!” Que incrível esse “desbravamento” de palavras e seus significados.

Eloísa saciada, voltei a rastelar. Ele foi pro tanque de areia e lá ficou na maior concentração. Que delícia essa sensação de conexão, de estar juntos, ainda que cada qual na sua atividade. Tão logo peguei o celular para fotografá-lo pra esse post e ele já se desconectou, afinal, eu já tinha me desconectado. Essa ligação é tão tênue. Requer empenho e cuidado.




Com Eloísa no colo novamente sentei-me perto dele no tanque de areia, sugeri o uso da água e lá ficamos mais um tempão nessa brincadeira/trabalho/atividade/conexão. Tão bom estar, ser e aprender.

1Escrevi esse texto no dia 25/5/2015